Sobre Prazeres, Proibições e Hipocrisias
Criminologia

Sobre Prazeres, Proibições e Hipocrisias



"When I was in England, I experimented with marijuana a time or two, and I didn't like it.
I didn't inhale and never tried it again."
(Bill Clinton)



Os comentários do Dudu Jobim e do Marco Preis sobre os "refrigerantes de cannabis" anteciparam a discussão que eu iria propor no Antiblog.
Em vários Estados norte-americanos, como no Colorado e na Califórnia, foram aprovadas leis que permitem o "uso medicinal" da maconha. Em tese os refrigerantes seriam direcionados para este público.
Aqui em San Francisco os usuários autorizados recebem uma "carteirinha" que permite que portem maconha para consumo pessoal.
A questão toda é: "para obter a autorização a finalidade do consumo deve ser medicinal."
Assim, mesmo que o consumo cause algum dano ou induza a dependência ou seja uma "ponte" para outras drogas mais pesadas - argumentos utilizados frequentemente pelos proibicionistas -, o fim sanitarista-medicinal imuniza a substância.
O problema, portanto, não seria o consumo da cannabis em si, mas qual o objetivo do consumo.
Se o objetivo for diversão, prazer ou entretenimento o consumo é vedado e o usuário é criminalizado.
A política criminal de drogas inegavelmente é uma grande hipocrisia, fundamentada em um moralismo inconsequente que produz milhares de vítimas do controle punitivo-carcerário.
Mas o "problema" começa a ser relativizado quando são percebidas que as oportunidades de lucro, públicos (tributação) ou privados (mercado consumidor), são maiores que os lucros advindos do proibicionismo - indústria do crime, conforme a denominação do Nils Christie lembrada pelo Dudu, que cria mercados para lucro com a venda legal de armas, construção e gerenciamenteo (público e privado) de prisões etc.
Vejam que mesmo com a "finalidade medicinal", a arte das garrafas dos refrigerantes de cannabis indica um consumo totalmente diverso, pois induz com suas imagens e suas cores sentimentos de excitação, energia, adrenalina, diversão, prazer.
E enquanto isso a juventude pobre das periferias continua recebendo o tratamento de "inclusão social" oferecido pelas políticas públicas (criminais): sistema prisional.



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