Neuromanias, Psico-ciência e Science Killers à Beira de um Ataque de Nervos
Criminologia

Neuromanias, Psico-ciência e Science Killers à Beira de um Ataque de Nervos



Os fundamentos metafísicos da dogmática jurídico-penal, sobretudo da teoria do delito, ainda colocam como centro do debate sobre a culpabilidade o dilema livre-arbítrio versus determinismo. Logicamente a criminologia em muito colaborou com a expectativa de resolver esta falsa questão. Inclusive na atualidade, com o reviver das neurocriminologias, conforme escrevi no post Neuromanias, Psico-ciência e Science Killers.
Ocorre que no marco das ciências modernas, é absolutamente inconcebível ao cientista das ciências criminais não ter absoluto ?controle? sobre os fatores que desdobram os eventos que são seus objetos de investigação, sejam derivados de causas pré-determinadas, sejam decorrentes da livre escolha do sujeito.
Recentemente li na Veja (edição 2125, 12.08.09, pp. 48-51) reportagem denominada ?Por Obra do Acaso?. A matéria, por óbvio, não estava localizada na área de ciência, mas de 'cultura' (cinema, música, televisão, livros).
Na reportagem, o jornalista descreve a obra do físico norteamericano Leonard Mlodinow, ?O Andar do Bêbado?. Segundo o pesquisador, as pessoas não suportam e dificilmente reconhecem o acaso. Mais ?a ilusão de que temos o conhecimento necessário para controlar as variáveis mais doidas do mundo cotidiano ? como os números de uma roleta ? provoca equívocos nas mais diversas atividades.?
Mlodinow sustenta que a escolha por um filme, a preferência por um livro, a eleição de um candidato, p. ex., está sujeita a tantos fatores arbitrários que ninguém sabe de fato prever. O sucesso ou o fracasso dependem, também, de fatores que nenhum ser humano tem condições de controlar plenamente. Assim, o acaso absoluto passa a ser forma de perfeição e, conforme o investigador, sua consciência pode ser libertadora.
No que tange às nossas ciências, esta variável recoloca inúmeras questões (e pode ser libertadora...).



loading...

- Dolo Eventual, Frank E Suas Fórmulas
Inexiste tema mais 'debatido', no plano da Teoria do Delito, que a diferença entre dolo eventual e culpa consciente. Sobretudo quando ocorrem acidentes de trânsito com repercussão - como ocorreu em Porto Alegre, envolvendo o pessoal da Massa...

- Criminologia, Crítica Ao Direito Penal E Direito Penal Crítico Ii
Na II Jornada de Estudos Avançados em Criminologia, meu amigo Davi Tangerino - autor de Crime e Cidade -, durante sua palestra, mencionou que eu não consideria "Criminologia" o enfoque que ele estaria empregando na análise proposta. Em realidade,...

- Criminologia, Crítica Ao Direito Penal E Direito Penal Crítico
A intervenção de ontem de Massimo Sozzo na II Jornada de Estudos Avançados em Criminologia, conforme bem destacou Rodrigo Azevedo, representou um marco nos debates do Programa de Pós-graduação em Ciências Criminais da PUCRS. Eu e o Rodrigo, desde...

- Neuromanias, Psico-ciência E Science Killers
?They love crime, every one loves crime, they love it always, not at some ?moments.?? (Dostoievsky) Na lista dos ?mais vendidos? da semana da Veja, Mentes Perigosas de Ana Beatriz Barbosa Silva, aparece na terceira posição. Segundo a revista, é a...

- Reflexões Numa Tarde Fria
Os discursos jurídico-penais (leia-se, dogmáticos) críticos ao punitivismo apontam o irracionalismo do clamor social e a célere resposta legislativa populista como fatores fundamentais que deflagram o hiper-encarceramento contemporâneo. Como elo...



Criminologia








.